quinta-feira, 10 de agosto de 2006

DISSE-TE TODAS AS COISAS

Disse-te todas as coisas... não consegui dizer nada. Nada mesmo! É mesmo, infelizmente. Perdi... fiquei só, somente só, com a minha dor, com a minha tristeza, com este corpo para a terra consumir na sua plenitude. Tudo me parece desaparecer e aquela alegria de outrora já não existe, eu apenas me enganei. Melhor, todo o tempo enganaste-me e a ilusão foi mais forte do que tudo o que tivera pensado até então. A minha rua está deserta, foram-se os amigos... tudo se foi!!! Quero chorar, como se o choro ainda servisse de algum consolo.
Estou indeciso, mais do que nunca, mais do que tudo o que possas pensar, do que tudo o que se possa mover...! Não sei mais de mim, esta insatisfação destrói-me e nem consigo mais pronunciar uma palavra ou dirigir-me à tua fronte. Perdi o apetite, a vontade da vida e todos os dias são iguais, exactamente a mesma coisa.
Disse-te todas as coisas e a minha alma está morta de tristeza a ponto que irá ficar apática para todo o sempre. E nesse sempre nunca mais terás a minha presença, apenas memórias fragmentadas. O que resta de mim são fragmentos...

Samuel, o Ventoso - 10.08.2006 - 22:46h

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