sábado, 3 de novembro de 2007

NO SEGREDO DO SAGRADO

Rua dos Nomes, de Samuel, o Ventoso
Junto ao rio, tomo-me nos salgueiros, saboreando a tua eternidade, o ácido do prazer, esse néctar que os deuses lançaram como pureza perdida da imensidão. Isso que nunca ninguém saberá postular face a todos os contornos, a todas as entregas do romance da tarde, pendendo para a noite acolhedora.
Contigo encontro o meu copo, esse que um dia ficou perdido e no descoberto lançou a festa da existência, dissolvendo-se no olhar perdido. Somos na impressão digital do nosso segredo sagrado, por movimentos lilases entre a forma oblíqua da esperança.
Tenho ainda na memória a glória que se dissolve, essa que me conseguiste imprimir, essa que me fez sentir feliz, essa que imprimiu o limiar de todos os sentidos, ainda que por só um instante. Todos os instantes acolheram no segredo sagrado a marca daquilo que nos continua a unir... sempre.

03.11.2007
Samuel, o Ventoso

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