domingo, 5 de agosto de 2007

MOMENTO SERENO

Se eu pudesse entender aquilo que tanto desejo, talvez eu pudesse ser, confesso... luar aceso! Mas a noite não me permite, toma-me de escuridão, ainda que eu grite, caminho só, sem protecção.
Momento sereno, de silêncio, talvez de um vazio que se imprime... lentamente. Uma música, um sinal sem tempo, com a agitação que não sustenta o que muito houvera procurado. Confesso que procurei e apenas foi-me oferecido o vazio pela colisão.
Perdido, entre flores, entre lençóis de incerteza bebo lágrimas perdidas, esquecidas, com saudade tumular.
Na terra intempestiva tomada por vazios, vislumbro distâncias, lugares de ninguém, amigos que partem no silêncio outros que não voltam mais, outros que dizem ser e não são. Apenas me conformo com tais situações e confesso que nada quero, nem me vou arreliar e muito menos voltar a procurar quem de mim se afasta, entendo que foi feita a vontade do próprio. O vazio não faz sentido e a tristeza é um caso a considerar.Pessoas que querem, que desejam e nada pretendem... apenas incomodam com as atitudes, mas das atitudes nada se pode obter a não ser um outro silêncio.
Quando penso, sinto o pulsar do coração, sinto um aperto na garganta e entendo o que não desejava, mas... resta-me apenas dormir.
Pudesse eu tocar o universo, contar momento a momento um sentido, escrever em verso o meu pensamento e ficar contigo, erguido!As palavras que te escrevo tornam-se vazias, ninguém as pode mudar, ninguém as pode entender, ficaram congeladas, frias... nada posso fazer.

01.03.2006 – 16:14h

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