domingo, 5 de agosto de 2007

DESPERTANDO O AMOR

Estados iniciais! Werther é uma apologia ao amor, esta será a minha visão… Lidar com a situação, este tentar fazer tudo de um modo mais profundo e exemplar é sinal de algo.
Depois de ler os teus escritos, meditei um pouco e realmente, concordo com o que escreves, não tivesse sido o meu trabalho final de faculdade sobre a vertente do amor. Falar do amor não é fácil e muitas vezes misturam-se determinadas pulsões, atribuindo-se nomes que nem sempre fazem sentido. Se quiseres, posso dar-te uma cópia de tal trabalho. Eis o amor!O amor é um sentimento especial, é uma luta de situações, na tentativa de encontrar a harmonia e plenitude com o outro ser. Procura-se valorizar a parte melhor que se tem, o que parece e é apreciado. O amor aproxima e refaz a imagem perdida, unifica os pontos de vista e dita a regra, sem imposição, aferindo a validade de uma relação. O amor não impõe, decifra, adopta um gesto superior que em seu tempo é tomado por medida orientadora. O amor engloba o todo da pulsão e da paixão, os seus gestos interpretam e sustentam um desejo constante.
Uma proliferação de sinais envolve o indizível! O valor toma novas posições e o cansaço anula-se. Nesta fusão de duas pessoas diferentes deixa de haver diferença, o bem é único, é sacral e os impulsos são vividos de forma consciente, sem presságios ou desfasamento. O amor traduz laços de grande significado, momentos de exemplaridade, numa entrega total e perdoa a todos os níveis, alguma falha existente, reconstruindo as situações evidentes.
O desejo constante confere a validade do amor, da paixão, ao passo que o impulso é o aguilhão para explanar o banquete eterno do bem-estar. Assim, o amor sustenta-se num presente eterno de exemplaridade e originalidade, a felicidade significativa. Penso sobre tudo isto e confesso-te que estou disposto a muita coisa, mas, ainda que eu deseje, ou queira… muitos são os obstáculos… tu podes não querer. O querer é outro problema, normalmente é a condicionante em causa que profana as situações.
Desenrolam-se as situações e os pontos fortes em seu devido tempo vão despertar, confesso que não vou exercer pressão alguma sobre nada, ainda que perca tudo, mas, este é o verdadeiro amor. Não me sinto nostálgico nem alegre, mas confesso que me tocou muito o que li, disso mesmo que escreveste. As tuas palavras absorveram-me, levaram-me para uma outra esfera, entre a paz e a tranquilidade. Recordei tanto do que me falaste nos outros dias e o convite foi consumado… a paciência é a verdadeira arte do amor… vamos estar, então.

31.03.2006 – 11:14h

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