Passos, sentidos que se prolongam, vontades que se perdem e situações que se criam numa entrega de si para ninguém.
No ímpeto do invisível lanço o meu silêncio enchendo o contorno da talha dos balouços, o lugar dos odores do sexo, onde a identidade corre nua, para lá do sentido esbranquiçado.
Os bosques guardam as delícias do crepúsculo… nesse toque profundo o meu corpo entrega-se numa rememoração divina, como que se a verdade inchasse por cada dia. O círculo divino absorve cada vez mais, este é o imortal lugar onde te guardo, com a vontade inexorável do compromisso, cada vez mais esplendoroso. O corpo do silêncio cobre-nos por cada golfada de ar que se respira. Imortal paz da alegre entrega dos sorrisos, os únicos fogos do espírito, cujas raízes seguem um interminável apaziguamento, a unicidade no modo de sentir. A serenata do silêncio aproxima-nos cada vez mais, somos no buliço do inumerável, entre os rostos perfumados, a dança eterna da memória.
28.02.2008 – 16:30h
Samuel, o Ventoso
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
domingo, 27 de janeiro de 2008
CALOR DAS SOMBRAS
No mais simples dos nomes,
Nos ecos da memória…
Sustentam-se encantos,
Realidades de força maior!
O endeusamento do aqui
Esta dimensão que soa…
Nas ilhas do sabor, sem fim.
No mapa da minha rua…
Surge a tua! Surges,
Os momentos são diálogos
Brilhos que se adivinham
Na comunhão dos relógios.
Respiro o calor das sombras,
Dança apocalíptica das rodas…
Linguagem dos nomes,
Acaso e rumos… longo destino.
Tenho medo… estou só!
Guardo no corpo o vazio da verdade,
Gemidos que não escrevo…
Apenas mudança do mar
Tomo de novo aquela saudade
Qual beijo que me fez navegar.
27 de Janeiro de 2008 – 12:01
Samuel, o Ventoso
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
NOITE QUE NOS ABRIGA
Veio a noite e fui transportado para outro lugar, o menos habitual, claro, com novos amigos e sempre a abrir, novas frontes, rostos lindos e paisagens deslumbrantes. Fantástico! Como é bela a paisagem, ficar ali a contemplar toda uma situação inigualável. Para ti, um beijo com um molho de flores entre tantas, rosas, orquídeas,(a minha preferida, adorava desde puto da escola) lírios, cravos, malmequeres, açucenas e essas todas que tu já conheces. Excelente a noite que nos abrigou, que nos envolveu, com todas as vertentes das cores, pormenores que só nós sabemos, como se o tempo se mantivesse assim por toda a eternidade, claro, a nossa música é a nossa comunhão, onde os corpo se completam e entendem muito bem, feitos para o lugar do prazer, apesar de toda a duração ser uma ilusão de tempo. Não me consigo separar de ti assim de qualquer outra forma, nem tu de mim, ainda que tarde, fez-nos o tempo um para o outro, numa promessa ainda maior... a nossa casa, na rua dos nomes, dos conceitos, das virtudes e da excelência, faz deste cantinho o marasmo de todas as sensações, ainda que existam fronteiras e silêncios por vezes acomodados no coração sensível. Vamos para a outra margem uma vez mais, fico lá o tempo que entendas, sem mais preocupação...
22.01.2008 - 00:03h
Samuel, o Ventoso
domingo, 20 de janeiro de 2008
UM PEDAÇO DAS FORMAS
Ficam sempre restos daquilo que tinha pensado em dizer-te, só me foi possível escutar um pedaço das formas que tinhas preparadas, tirando isso, todos os dias são lindos, cada um melhor do que o outro. Hoje foi exemplar e foi muito bom tomar café contigo no mercado negro, a tua simpatia fez-se sentir de uma maneira bastante agradável. Amanhã será um dia lindo e podemos também tomar café.
20.01.2008 - 00:57h
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
DISPERSO NO CÓSMOS DO SILÊNCIO
Quntas situações não ficaram por dizer? Hoje pensei em ti, em todas aquelas coisas que deixaste em aberto e escrevi uma outra mensagem para te enviar, mas, nesse preciso momento não o tive coragem para fazer! Achei que não fazia mais sentido, que tudo o que te dissera já havia sido sepultado e nada mais do que o universo, apesar de ainda encontrarmos as luas e todas as outras caminhadas.
Lembro-me de ti, por vezes isso acontece! Ainda leio os teus escritos, ainda te ouço ao meu ouvido e guardei o teu olhar no meu, na memória. Guardamos coisas assim desta maneira. Tudo era tão belo! Hoje foi mais um dia com algumas novidades, algumas coisas que me fizeram pensar. Todos os dias aquela vontade de pensar toma-me, faz-me escrever, dispersa-me por outras ruas, outras casas, outros lugares que não conheces. Existe ainda tanto por conhecer... a vida é mesmo isto, entendo que não é preciso e à procura daquilo que já se tem a certeza que é inevitável! Sabes do que estou a falar? Sim, isso mesmo. A morte. Não é preciso adiar a vida para seguir rumo a ela, é uma coisa que já está garantida e nesse dia ela toma o seu lugar no nosso corpo. Isto é inevitável, nada a fazer. Que coisa aborrecida... depois fica tanto por fazer e o cósmos continua com os seus movimentos e a dirigir-se para onde nunca ninguém sabe. Estamos a caminho, toda a gente, mesmo aquele que não quer ir e que nem diz nada. Vamos e continuaremos a ir... agora vou dar uma volta sem destino porque este spyware já me está a aborrecer! Outras coisas também são muito aborrecidas. O que interessa agora é que vou ouvir a minha música e no silêncio do cósmos procurar-te... fico assim a noite contigo, até ao momento que as partes se tomem em completo sono.
16.01.2008 - 21:30h
Samuel, o Ventoso
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
MAIS BELOS E TOTAIS
São sempre belos os teus olhos, essas forças que procuras fazer chegar até mim, tudo isso é força que se soma à minha e faz de mim algo que ainda não te sei dizer. Digo-te um dia acaso esse dia venha acontecer, no nosso espaço, o mais belo de todos os espaços que até hoje conhecemos... ficam as nossas flores que embelezam a nudez do corpo, por cada vez que se mistura. Misturamo-nos com todas as forças que fazem de nós o que somos e seremos para todo o sempre, na unidade de sermos um, um amor com a mais bela cor entre as cores e o som mais refinado entre a harmonia e a sedução. Nos patamares do céu seremos eternidade...
10.01.2008 - 21:24h
Samuel, o Ventoso
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
LAIVOS DA OUTRA UNIDADE
Entre cores, entre laivos de amor e metáforas dos nomes rebuscados, encontrei o teu por outros mundos, agora bem diferentes. Tomo na noite a entrega que o corpo oferece, sem reservas, sem limites e escuto docemente a tua voz, o teu recado... acolho o teu pedido e adormeço. Envolvo-me nos restos da outra vertente, aquela que tinhas guardado para mim... caminho para o vermelho, nessa cor permaneço para que nos possamos tornar sol.
Ficam laivos de mel, com as tintas da eternidade, essas que escrevem o meu corpo e unificam o agradável da existência. Somos unidade mais profunda em casa segundo... e cada orgásmo se torna único, construíndo outra unidade, um pouco mais a nosso modo, a maneira original de sermos entre todos os búzios e as anémonas que decoram o fundo do mar, na noite estia. Restam os laivos da outra unidade...
08.01.2008 - 22:40h
Samuel, o Ventoso
domingo, 6 de janeiro de 2008
NAS ROTAS DO TEMPO SEM TEMPO
No limite do tempo escuto a tua voz, o teu sorriso e a plenitude do corpo que se une ao meu pela comungação de todos os sentidos, mesmo aqueles dos quais nunca te falei... vou falando.
Belo espaço entre outros espaços e assim o sentido será somente por aqui, por estas palavras e as tuas tão belas, tão cheias de sentido, onde a totalidade se envolve numa dádiva quase eterna, derramando taças de amor!
Passeio-me por aqui, por ali, para lá das estrelas, para lá dos nomes e guardo os vossos nomes, o teu e os outros nesta rua, com as estrelas da minha loucura e foi assim que me tomei neste caminho por ti, desde a antiguidade, em de mil delícias talhadas.
06.01.2008 - 22:39h
Samuel, o Ventoso
Ver: O menino G ; Sem tabus
sábado, 5 de janeiro de 2008
ENERGIAS DO EFÉMERO
Não sei se isso me diz alguma coisa, essas forças passaram a tomar lugares diferentes e o meu mundo tomou uma outra estação para sintonizar. Entendo hoje essas passagens com um outro olhar, depois de ter perdido a vontade do dia anterior, onde escrevi um outro nome que agora não te posso mostrar. Tudo é tão efémero, tão vazio, apesar das cores ainda se sustentarem no seu grau absoluto. O absoluto é uma ilusão, contudo ainda creditas nele... eu apenas me rendi a tudo isso, deixando o restante ao sabor dos deuses, esses que não deixas de inventar. Nada me pode saciar neste momento apesar do dia de chuva me prender ao meu cubículo. Um fresco húmido acompanha a situação, promove um outro gesto que se acende lentamente enquanto escrevo a mensagem para te enviar assim que tiver oportinidade...
Sinto-te como se o momento fosse continuo, apesar das outras energias se esvairem entre as veias, entre as artérias e os sorrisos que já não te posso dar...
05.01.2008 - 19:37h
Samuel, o Ventoso
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