sexta-feira, 11 de julho de 2008

UM POUCO PERDIDO PELA RUA


Não sei o que escrever, não sei se vale a pena continuar a estar aqui. Confesso que não sei! Algo parece que está estranho... talvez eu não esteja muito bem, contudo falo pouco. Sim, sinto-me um pouco só, muito só, demasiadamente só, aqui na rua. Preciso de um amigo, preciso de um namorado, procuro e não encontro ninguém. Sinto um vazio que cada vez começa a aumentar mais, quase me mata, é este o motivo pelo qual não tenho escrito nada. Nem sei se vale a pena continuar a escrever. A dor envolve toda a minha alma e os ventos sopram cada vez mais, cada vez mais um tufão rouba-me a vista, fico sem capacidade de respirar... Não posso falar-te mais do que sinto, confesso que não me sinto bem, apenas preciso o teu abraço, mas, não tenho, apenas tenho os livros, as pareces, o computador e as virtualidades. Tudo vazio, cada vez mais vazio. Socorro! Tirem-me deste filme, tirem-me daqui por favor, não aguento mais. O que posso fazer? Nem tenho cabeça para pensar!
Guardo o lume, a minha lágrima e hoje o dia tem núvens no céu, o céu que me deixa perdido, amargurado, nesta nostalgia... um anjo teve um segredo para mim, mas não o chegou a dizer. A escuridão ainda reina dentro de mim, ainda envolve as minhas mãos, ainda consome o meu alento e o meu rosto fica pendido...
Fico aqui, sim, aqui, com mil sabores para te dar um abraço ainda que esses abraços não abracem! Sopram os ventos para me refrescar e a dor é forte, mas é a minha, logo passará no dia indicado. O dia será sempre o dia sem nome nesta rua dos nomes.

11 de Julho de 2008
Samuel, o Ventoso
Nota: A todos os que por aqui tiveram uma palavra amiga, o meu obrigado.

2 comentários:

SP disse...

Samuel: a Vida ou os Ventos têm sempre os nomes que do nosso olhar. Apenas não sabemos que imaginário será esse que nos alimenta!
Um abraço peludo e obrigado pela tua simpatia...

rua dos nomes disse...

Grato, mas os ventos não páram, nada está quieto, os nomes alteram-se e a imaginação é como todo esse conjunto de sintuações. A minha simpatia acolhe-te na rua dos nomes.
Abraço
Samuel Bastos Ventoso