quarta-feira, 3 de outubro de 2007

NA TERRA DOS IMPRÓPRIOS

Esses nomes todos não foram mais do que abstinências de nada, incausáveis e transversais na terra dos impróprios. Tudo fora apenas uma passagem…
O meu nome torna-se líquido na tua presença! Todas as fotos devolveram-me para a tua aparência e a música consumiu todo o meu ser, tornando-me total em ti, um ti que não existe. Acendeste a imagem perdida de mim… os lugares ocasionais surgiram e tornámo-nos totais entre as recuperações das ânsias. Fendas maléficas do mês do início!
Usei as metáforas distraídas para te recuperar… As distracções informes conduzem-me até ti, lentamente! Morro paulatinamente no seio das meditações, cada qual, conduz-me a mundos diferentes e somos o nada de outrora.
A temporalidade ficou remediada, depois da tua visita, ainda que por tempo breve. Breve é a vida, demasiadamente breve e ninguém pode fazer nada. Perdes-te em recados infrutíferos que não levam a lado nenhum e a febre sobe. Perdemo-nos na tarde do nada, nos complexos de uma música que ficou para lá de todos os sentidos… apenas sinto o que não devo!
Pareces-me inconveniente, todos os dias passas na chama que está a alastrar desmesuradamente… por favor, não inventes a verdade que não existe. Fica apenas com o que te ofereço e toma em ti a oportunidade da existência.

03.10.2007
Samuel, o Ventoso

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