terça-feira, 25 de setembro de 2007

PARA LÁ DA NOSSA ENTREGA

Nada mais belo do que a beleza silenciosa, dos rituais amorfos e dos suspiros ocasionais. Encontro a plenitude do teu ser tomada no meu por forças que ultrapassam a existência. Consomes o meu ser no silêncio, por rituais da dimensão obscura, aos paralelos de um caos perpendicular. Tomo-te na ansiedade perfeita, na festa dos corpos, onde o meu é a tua dança, a mais desejada, num suspiro diagonal, aquele onde nos entregámos em fusão total, a mais elevada. A virtude continua a ser perfeita e o gozo da arrecadação une-nos para lá da chuva, para lá dos olhares e silêncios, esses que um dia abraçámos, como todo da nossa entrega.

25.09.2007
Samuel, o Ventoso
Ver: Titanic 1912

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