Uma palavra para ninguém, um momento de agonia, uma vontade de ir embora sem retorno, no vazio desta passagem ôca. Talvez perdido, sem mais sentido, sem mais vontade, apenas com o peso da existência, tentando apaziguar o ardor interior. O que me resta afinal? Não sei, apenas as palavras são poucas e o pouco que me assiste é uma fasquia do meu doloroso existir.
Olho em meu torno e hoje parece que perdi a vontade de caminhar, apesar de ainda estarmos no início do ano! É um facto... vim para aqui, tentar despejar o que estava dentro de mim, sei que não é suficiente. Estou triste, sinto que falta algo, mas isso que me falta parece não vir até mim, ainda que eu tente ir até lá. Repito que é bastante triste... falta-me a força para caminhar, mas, seja como for, tenho de a conseguir e ir em frente...
Vou trabalhar, será melhor e ficarei mais preenchido. Uma palavra para ninguém, ou para toda a gente, a gente que não sei. Sei e não sei, mas o que sei está a desactualizar... vou e voltarei em outro tempo.
Samuel, o Ventoso - 03.01.2007 - 14:42h
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