quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

UMA PALAVRA PARA NINGUÉM

Uma palavra para ninguém, um momento de agonia, uma vontade de ir embora sem retorno, no vazio desta passagem ôca. Talvez perdido, sem mais sentido, sem mais vontade, apenas com o peso da existência, tentando apaziguar o ardor interior. O que me resta afinal? Não sei, apenas as palavras são poucas e o pouco que me assiste é uma fasquia do meu doloroso existir.
Olho em meu torno e hoje parece que perdi a vontade de caminhar, apesar de ainda estarmos no início do ano! É um facto... vim para aqui, tentar despejar o que estava dentro de mim, sei que não é suficiente. Estou triste, sinto que falta algo, mas isso que me falta parece não vir até mim, ainda que eu tente ir até lá. Repito que é bastante triste... falta-me a força para caminhar, mas, seja como for, tenho de a conseguir e ir em frente...
Vou trabalhar, será melhor e ficarei mais preenchido. Uma palavra para ninguém, ou para toda a gente, a gente que não sei. Sei e não sei, mas o que sei está a desactualizar... vou e voltarei em outro tempo.

Samuel, o Ventoso - 03.01.2007 - 14:42h

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