quinta-feira, 17 de junho de 2010

UM TOQUE APENAS

Um toque! Uma mensagem, simples, quase vazia... apenas isso, nada mais.
A ausência... a presença ou não. Saí, passei no cemitério, olhei, continuei a olhar, vi imensas caras, vi que ali era o fim de tudo. Senti-me estranho, ainda me sinto estranho. Santa paciência... o telemóvel não tocou mais e assim, lentamente vou-me desligando, desintegrando como tudo o que deixa de ser.

17.06.2010
Samuel Bastos Ventoso

sábado, 5 de junho de 2010

TRAÇOS DAQUELE DIA


O traço daquele dia ficou-me gravado para sempre. Os dias somaram-se, alguns amigos nunca mais disseram nada, sim, nunca mais disseram nada, arranjaram as mais diversas desculpas para ficar distantantes, foram para o sítio que eu próprio já nem sei ou se penso que sei, apenas estou enganado. Que dizer? Que fazer? Nada! Onde estão eles? Porque foram embora? Porque os estimei? Porque os coloquei no coração? Onde estão afinal? É triste! Mas ainda que seja triste, tudo isso não serve para nada e a relação entre os humanos é mesmo assim. De que servem todas as boas intenções? Não terás palavras para me consolar, não terás... um dia destes vou por aí, sem destino e não te direi mais nada e a rua continuará a ter o mesmo fluxo dos dias de sempre.
Que resta? Apenas traços daquele dia...

Samuel Bastos Ventoso
05 de Junho de 2010