sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

RECORDO-TE

Passou o tempo, um dia teclei contigo, sem nada perceber fui ao teu encontro, julguei que fosse alguma coisa, tinhas uma paciência que não vi em ninguém, gostei, a sério que gostei. Passou tempo, continuou a passar... achei-te estranho, mas eras tu. Eras tu! Não sei. Marquei contigo um café em Alverca do Ribatejo, no Coisas Boas. Apareceste. Eu tinha na mesa livros de Psicologia. Olhei-te, não sabia o que dizer, o que senti era estranho, achei-te estranho, achei que nunca mais te iria ver, que não eras que eu procurava. Sério. Muito sério. Fomos embora, confesso que foi uma desilusão. O que dizer? Nada aconteceu de especial. Escondeste nesse teu olhar de mistério, de mistico algo que ainda hoje não sei como fundamentar.
Voltamos a teclar, eu já te tinha bloqueado. Mas desbloqueei-te. Estranho. Mostraste os teus escritos, nos mais diversos blogues ao longo dos tempos, que ias fazendo e apagando. Guardo cópia de tudo isso. Nem sei o porquê. Mas foi isso. O tempo passou, encontrámo-nos em Alhandra, fomos tomar um café, saímos no teu Audi A3, demos a nossa volta e fomos. Chegámos. Algo envolveu-nos, não consigo perceber, nem entendi o que estava ali a fazer. Nunca pensei que as coisas fossem assim. Nunca. Envolvemo-nos, derramámos a nossa loucura, perdi os sentidos nos teus braços e tudo foi divinal. Tu foste tudo o que nunca pensei.
Eram as mensagens, eram os mails. Eram as onversas no msn, aquele frenesim que conferia a tudo um sentido diferente. Passou tempo, e bloqueaste-me no msn, deste-me com os pés, chorei, derramei lágrimas. Ofertei-te um livro! Passou o tempo, muito tempo mesmo. Um dia mandei-te uma mensagem que não pensava ter resposta, e o meu espanto foi quando tu respondeste, confesso que aquilo que senti, subverteu todos os princípios da minha existência. Foi o sofrimento. Não acreditava. Encontrámo-nos, voltamos a estar juntos e voltei aos teus braços, dei-me a ti, como que me sentisse teu e tu meu. Não acreitava, meu cabrão. Sempre foste um bandido! Voltaste a bloquear-me no msn e em todas as redes sociais. Voltei a ler-te, a encontrar-te mas a loucura não acabou, talvez para ti, porque a novidade acabou; para mim não. Penso-te todos os dias, todos. É lamentável sentir isto e pensar assim. Comento-te e não sabes que sou eu, tomos diveros nomes, passo por diversas vertentes. Talvez sou paranóico, esquisofrénico... um nha nha como me chamaste. Mas, também fui muito bom, como o disseste em diversas vezes quando fodiamos. Sempre gostei de foder contigo meu cabrão. Cabrão, esreves tão bem, ispiras-me para a vida desgraçado... que fazer? Não tenho cura. Deixo-te apenas a vontade imperiosa de voltar a falar contigo, como se nada tivesse acontecido. Meu cabrão, todos me criticam por ainda te pensar, por ainda te querer, por saber que não me mereces, por tudo e por nada. Confesso que há coisas que não têm resposta. E escrevias... aguardo resposta, nem que seja o silêncio cabrão. Desgraçado, andas sempre a apagar o blog, sempre com as travadinhas, sempre neurótico. Recordo-te naquele café da rua dos nomes... coisas boas!

Samuel Bastos Ventoso
Porto, 07 de Janeiro de 2011 – 15:54h