Palavras sem eficácia, vazias… muitas palavras, talvez tão vazias quanto a existência, quanto os que se mostraram de amigos e que deixaram de o ser… apenas aparências de possibilidade que instaurou ilusão. Onde estão aquelas pessoas que estimava? Onde?
Apelos, petições… nada serve, as pessoas não mudam assim por mais que se queira, entendo que perder tempo com situações, mais vale voltar para aquelas que funcionam verdadeiramente, essas sim, são poucas. Preciso respirar… a chuva atrapalha.
As sensações enganam e o lado estranho da vida é que cada um por si vai construindo mundos complicados, lentamente à medida dos seus desejos para depois nada funcionar em termos do bem estar do outro, dito o desejável. Mentira! Tudo mentira…
Entendo-te! Esse fim já o tinha previsto faz épocas… já sabia isso tudo antes de dizeres nesse escrito; pelos teus escritos, vi precisamente tudo o que antes guardei no espírito.
Continuo a ser sempre igual a mim mesmo. Não interessa mais nada de tudo isso, disse nada mais. Entendido? Agrada-me a ideia de morte, somente ela instaura a justiça no humano. O fim é igual para todos. Não é preciso antecipar, contudo preocupa porque todo o tempo é muito pouco.
Chega de tentativas de explicação para quem não quer compreender ou para quem não está na onda… o tempo acelera e o fim aproxima-se, depois nada serviu para nada, a evolução também não serve para nada. Teorias não faltarão para convencer… se assim é, mostra-me o contrário!
Ninguém quer mais saber da opinião do outro, apenas quer aquilo à medida dos seus interesses pessoais… arranjamos desculpas para tudo e mais uma coisa.
Aprendi a ficar comigo, a ser eu e a não depender dos outros, só me enganei, nada mais do que isso; todo o resto apenas serve para aborrecer… nasci do tempo e para o tempo vou, entretanto, outras coisas belas existem independente das desilusões e da gente macaca. Também não sou perfeito… continuo a caminhada pela rua.
20.04.2008
Samuel, o Ventoso