sábado, 30 de setembro de 2006

CORES VOLUMPTUOSAS

Cores imensas onde me perco...
Misturo-me em bebidas, semeado por abandonos, de frutas de todas as espécies, onde mergulho o meu olhar...
Devagar toco as minhas pernas, tomo as sensações e misturo-me em inflexões, moldando o corpo num orgásmo do indizível...
Desnudado do espírito em horas seguidas tomo-me em formas de prazer, muitas conhecidas por ti, para aliviar todas as ansiedades e bebo o cálice do amor eterno, em cores volumpuosas.

Samuel, o Ventoso - 30.09.2006 - 19:14h

terça-feira, 26 de setembro de 2006

RUA DOS NOMES EM DESCONCERTO

Sempre terei para ti aquilo que ninguém te poderá dar... mas tu não consegues ver o que se dá. A rua parece-me vazia hoje... adeus meu amor ingrato.
Senti uma necessidade profunda de escrever, como se mais nada fizesse sentido na minha vida neste momento. É uma aberração dizer estas coisas, quando por exemplo ontem sentia-me tão bem com alguns amigos, senti-me tão feliz, como se a felicidade sempre existisse desde toda a eternidade dentro do meu ser. Hoje, parece que tudo se esvaziou e o meu coração ficou esfaqueado, cheio de uma dor avassaladora e a rua dos nomes foi invadida, por vermes que eu próprio não sei identificar.
Estou aqui, demasiadamente só, com saudades do que não tem mais sentido na minha vida... ou tudo isto tome algum sentido. Jamais alguma entidade paranormal fará sentido para mim, isso seria mais uma outra tentativa de me convencer do que não existe, crendo que fosse verdade, a verdade que não é! Tretas que um dia inventaram, para preencher o que não pode ser preenchido. Não sei muito bem o que dizer, nem o que fazer, sinto algo que me custa a expressar e a clarificar. Clarificar também pode deitar-me ainda mais para baixo...
Hoje perguntei-me mais uma vez, depois de passear por ai, depois de telefonar para alguém, depois de pensar, depois de reflectir... depois, depois, depois do depois... um depois que me fez pensar mais e mais. Tudo muito mais sem que o mais tivesse alguma realidade, uma realidade fictícia que se abate no primeiro acto de consciência. O que resta de tudo isto? Rua dos nomes em desconcerto, nos confins da perdição e da desilusão... a única condição é a caminhada.

Samuel, o Ventoso - Porto - 26.09.2006 - 22:12h

NOTAS E SENTIDOS

Uma nota sem sentido gera outra e mais outra e outra mais ainda… notas vão-se gerando, em sucessão, em relação, sem que alguma coisa possa ser entendida. Não sei o que entendo de todas essas coisas que escreves. Continuas a escrever, como se a focagem convergisse para um único ponto a considerar. Consideras! Nem sei o que dizer quando tenho que observar essas atitudes. As tuas atitudes são únicas, deixam-me sem palavras, sem saber como proceder a seguir, mas nada mais poderei dizer sobre aquilo que me custa imenso proferir palavra, sim, produzir uma opinião. Opiniões não faltam por ai, apenas sei que sou diferente, sempre fui, sempre continuarei a ser.
Engano, conversa do acaso, um princípio de insatisfação consome-me, absorve-me numa ânsia desmedida, onde me perco. Perco-me todos os dia! Todos os dias acabo por me perder em alguma coisa, em coisa ou situações que nem eu próprio sei precisar... notas e sentidos.

26.09.2006 – 16:17h

sábado, 23 de setembro de 2006

DEAMBULANDO POR AI...

Livre como o sorriso de uma criança, como o comboio que caminha, como aquela ave, a dança do céu, no movimento que se desenha, num amor amis profundo, ao encanto que se sustenta, dançar contigo a dança da viagem, esta que se agiganta.
Um novo quadro, um novo desenho, rosto e diversidade ao cantinho das flores, a desabrochar... deambulando por ai.
Sou por aqui a vontade que se multiplica. Sou, sem nada desejar porque o meu desejo foi de outro tempo cujo desejo já não deseja, apenas passa... indesejável é o desejo sem desejo no desejo que se possa vir a ter.
Continuo prostrado na dimensão do desejo, pelas artérias sem novidade, entre duas linhas que me transportam... muitas me transportam.
Esperam-me rostos, rostos diversos, desafios de novos sorrisos e outras circubstâncias ainda mais profundas. Por aqui, por ali... Oh Sr. dos Matosinhos, acolhei-me no profundo do teu ser, sou ave que deambula, que respira e que com espírito quer viver.

Samuel Bastos Ventoso
Escrito no Mercado Municipal de Matosinhos
23 de Setembro de 2006 - 13:17h - Com a minha amizade para as versatilidades e o regressa a mi, pessoas muito simpáticas e excelentes. Obrigado pela forma como me receberam, guardo no meu coração um lugar especial para vós. Abraços e a dedicação de sempre.
Samuel, o Ventoso

sexta-feira, 22 de setembro de 2006

PRECISAVA DE NÃO PRECISAR

Precisava de não precisar mais de ti, de ir embora e nunca mais voltar, de não estar mais. Sim, de não estar mais e ausentar-me para sempre de tudo o que me incomoda, ou de tudo o que nada mais tem a ver comigo.
Entendo que a vida por vezes apresenta-nos mudanças e outros pontos de vista... eu sou a multipicidade de mudanças, sou todos os nomes e nunhum nome. Eh eh eh eh um dia outros horizontes se tornarão possíveis, face a um desespero que nunca teve significado. Agora deambulando, levando novas sensações, pontos de vista diferentes, desbravando a realidade que se apresenta. Mudança radical, e nada mais choros por quem não me merece.
Precisava de não precisar de ti, nem de ninguém, e jamais envolver-me em amor mentiroso ou aceitar algo de alguém para depois me cobrar. Nada quero mais que me deite abaixo, nada mesmo... quero o meu espaço e a minha alegria, a força da vida e a vida com força, com alma eterna, a eternidade da minha rua, com gente que valha a pena ter no coração. Isso sim, gente que valha a pena quero. Sempre... não quero perder tempo com inutilidades e gente oportunista, cheia de complicações...
Naquele dia fiquei muito cansado, mas agora, tudo bem, em forma, com energia e garra para a caminhada que se sustenta de todo em todo.

Samuel, o Ventoso - 22.09.2006 - 12:44h

quarta-feira, 20 de setembro de 2006

DAS PARTES SEM PARTE

1 - Não sei o que mais posso dizer depois de te ler… confesso que não sei, tudo está muito bem escrito e sentido, muito mesmo, imenso.
Nada mais poderá ser tão perfeito quanto este escrito que aqui deixas, foi a única coisa que mexeu comigo esta manhã e nesta cidade do Porto, depois de falar contigo ontem à noite. As lágrimas quase despoletaram... entendo e valorizo essa profundidade de amor, o amor entre dois homens, entre dois seres humanos. Essa profundidade, sustenta-a, porque tu és uma pessoa muito linda, muito sensível e ao mesmo tempo muito directa, muito objectiva, lógica. Esta amizade que nutro por ti e por com quem estás é para mim, algo muito importante, um tesouro. Gosto imenso de falar convosco... mas sinto vontade de chorar... somente neste momento foste capaz de tocar o meu coração. Continua assim... sempre assim.
Deixo-te aquele abraço grande com a minha amizade. Também um beijo por aquilo que sois, pelo que mereces e certamente por tudo o que sustentas nesse inundável caminhar que quanto a mim é lindo, sim, lindo mesmo.

2 - Só essas palavras poderiam mexer comigo, acredita meu querido amigo. Neste momento choro, é verdade. Repito que o que escreveste e o que o teu amor escreveu, mexeram comigo, imenso... é lindo, demasiado lindo, até parece impossível, mas sei que é verdadeiro, é real e isso é que interessa. Ontem falei convosco e sei da vossa profundidade, da vossa união, do vosso amor... todas as palavras me fogem, perco-me parecendo-me não me encontrar nesta vida.
Este é o sentido real da vida... anseio tanto poder dizer o que dizes, mas não sei quando! Estou aqui, perto de ti, mesmo pertinho.
Tenho de acordar um pouco mais… vou tomar café, sim! A sugestão fica em aberto e vamos tomar café e trás o teu amor, vamos brincar à amizade, ao verdadeiro sentido da vida... mas deixa-me chorar, confesso que estou muito feliz por ti, acredita meu querido amigo; por ti e por o teu amor. Sois duas pessoas que guardo no coração e sabes que é verdade.
Fico por aqui, vou até à minha rua, e eis todos os nomes, os nomes que traçam a minha vida. Nomes e outros nomes e mais nomes que por agora não posso precisar.
Fica bem, continua assim... abraços e beijos, com a sempre dedicada estima e amizade que nutro por ti, melhor, por vós.

Samuel, o Ventoso, 20 de Setembro de 2006 – 09:19h

sexta-feira, 8 de setembro de 2006

DEPOIS DE TE LER E PENSAR

Depois de te ler e pensar, ler várias vezes, uma não me chega! A tua música é linda, toca o meu coração, é mensagem que não finda e ecoa em cada pulsão. Uma e mais outra e outra ainda que se segue! Depois de uma conversa, de palavras teres trocado comigo, confesso que não interessa, do que te dói, afasta-te depressa, digo-te isto porque sou teu amigo, lixo corrói.
Tenho lido o teu blog, apesar de não o comentar, por vezes sinto vontade, mas, confesso, não quero mais chorar. Deixo como conteúdo do meu pensar... Também escrevo, pelas minhas páginas dispersas, a mencioná-las não me atrevo, são algumas, um pouco diversas.
O amor de que falas é mesmo assim, um dia toca forte, naquele tocou-me a mim, doeu, senti quase a morte e pelo chaão rastejei. Passou... Agora... caminho, nesta minha paz, desprendido, de tudo e de todos, voando como um pássaro, sem destino... Para que saibas, eu estou aqui, para te ouvir, para saborear os teus escritos, para te dar força e sempre que força tenha, conta com ela...! A vida é esta passagem que nos engana e ainda engana mais quando nos iludimos! Estamos convencidos de algo mais, não passa de uma crença que depois não possui conteúdo. Enfim... cada qual, pensa a seu modo e depois nada funciona na hora certa! Tudo corre e rápido tudo acaba, como num fechar de olhos. Recordo algumas conversas que tivemos, das vezes que temos. Amigo, calma e força, vive a realidade do que é possível... mergulha na música e percebe que existem outros sentires, algures. Não fiques fechado porque a fechadura oxida-se e desaparece com o tempo e depois é muito tarde para viver... a vida é um aqui e agora, este viver mesmo, vive com quem estiver na tua onda, aproveita as coisas da tua época... é isso que conta.
Depois de te ler e pensar, continuo a pensar e o meu pensamento está em ti e dissolve-se no tempo, na paz que é música que flui pelo universo. Abraço e até ao meu regresso.

Samuel, o Ventoso - 08.09.2006 - 20:48h

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

NO MEU CORPO O TEU

No meu corpo encontrei o teu e vi que não existia nada mais belo do que a nossa beleza. A beleza de nós dois torna-nos perfeitos... quando nos entregamos profundamente. Isto é importante e muito, quando existe sintonia nos corpos.

Samuel, o Ventoso - 07.09.2006 - 11:28h